Auto retrato...

PRECISO DE TI

A vida nem sempre é justa.
As crianças não nascem iguais em direitos.
Mas não podemos desistir de contrariar
uma certa ordem das coisas,
bater à porta do coração e
perguntar sem medo:
pode-se entrar?



Pedro Strecht

domingo, 6 de dezembro de 2009

O anjinho dorminhoco

Esta vai ser uma das nossas participações na festa,

um poema em que cada criança vai decorar uma quadra

Um anjo pequenino,
Veio tocar o sino.
Outro, de palmo e meio
Logo atrás dele veio,
E pregou uma estrela
No tecto da capela.
Veio mais um depois,
Atrás dos outros dois,
E trouxe os pastorinhos,
Que achou pelos caminhos.
Por fim, chegou o bando,
De asas brancas cantando.
Só um, que adormeceu,
 que ficou no céu.
Quando acordou, o anjinho
E que se viu sozinho,
Voou muito apressado,
Mas chegou atrasado!
Pobre do anjinho tonto,
O Natal estava pronto.
- Que hei-de eu fazer agora,
Minha Nossa Senhora?
Sentou-se num degrau,
- Sou um anjinho mau!...
De chorar estava rouco,
O anjinho dorminhoco!
- Nem posso entrar no coro,
Com esta voz de choro.
Nisto, um menino
Descalço e pequenino,
Sozinho no portal,
Sem festa de Natal,
E teve tanto dó,
De o ver pequeno e só,
Que lhe pegou na mão,
E os dois juntos vão.
- Anda cá, vem comigo,
Ao pé do nosso amigo.
- E não ralha com a gente?
- Fica muito contente!
Chegam pé ante pé,
Junto de S.José
O anjo pequenino,
Mais o pobre menino,
Chegam-se à palha fria,
Onde Jesus dormia.
E Jesus quando os viu,
Voltou-se, olhou, sorriu!
- Que presente tão fino,
Trazeres-me esse menino!
Vês, anjinho? Afinal,
Foi um lindo Natal.






Sem comentários:

Enviar um comentário